A aprovação do plano da Organização das Nações Unidas (ONU) de partilha da Palestina, no dia 29 de novembro de 1947, foi recebida com festa pelos judeus, que sonhavam com a criação de seu Estado. Já os árabes, contemplados com a menor porção do território, aquele foi um dia de indignação.
Leia MaisOs intermináveis conflitos entre Israel e os palestinos“Toda guerra é uma derrota!”, diz o Papa sobre o conflito em IsraelNão demorou muito para eclodir conflitos entre os dois povos e, no início de 1948, a região se encontrava em plena guerra civil.
O líder sionista David Bem Gurion organizou, então, uma força militar para enfrentar os palestinos que foram prejudicados com a partilha. No dia 20 de abril de 1948 a cidade de Jerusalém foi liberada, e no dia 14 de maio, Ben Gurion proclamou unilateralmente a fundação do Estado de Israel.
Guerras continuadas
Desde a recriação do novo estado a região já passou por pelo menos três grandes conflitos: Guerra de Independência (1948/1949), Guerra dos Seis Dias (1967) e Guerra do Yon Kippur (1973), sem contar outros conflitos não conceituados como guerra.
Israel venceu todas as guerras porque além da supremacia bélica, contava com a vantagem da divisão interna do mundo árabe. A princípio os países da região se recusavam a admitir o nascimento de um Estado palestino, como previa o plano da ONU, e disputavam a liderança do Oriente Médio.
As guerras acentuaram sobremaneira as rivalidades por envolver não apenas os territórios disputados por Israel e palestinos, mas também alguns territórios de outros países.
A Faixa de Gaza
O território designado como Faixa de Gaza que mais uma vez está sendo atacado por Israel foi dominado durante séculos pelo Império Otomano. A posse da região, porém, mudou de dono com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), quando os britânicos assumiram o controle da região.
Mais tarde, após o término da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) a situação ficou ainda mais complicada com a criação do novo Estado de Israel. A região de Gaza recebeu milhares de refugiados palestinos que foram expulsos dos territórios ocupados por Israel.
O termo “Faixa de Gaza” é uma referência à principal cidade da região, Gaza. A região faz fronteira com o Egito, ao sul, com Israel, ao norte e leste, sendo banhado pelo Mar Mediterrâneo. É uma região muito pequena, com aproximadamente 41 km de extensão, com largura que varia entre os 6 e 12 Km, totalizando, portanto, quase 360 Km². É menor, portanto, que a área da cidade do Rio de Janeiro.
As condições de vida na região são muito precárias, sem infraestrutura adequada e uma economia extremamente debilitada. Apenas 13% das terras são agriculturáveis. Mas ainda assim a Faixa de Gaza é um dos territórios mais densamente povoados do mundo, com cerca de 1,4 milhões de habitantes.
A religião islâmica é praticada por cerca de 99% dos habitantes. A população cristã não soma sequer 1% dos habitantes. A língua mais falada na Faixa de Gaza é o árabe, seguida pelo hebraico.
A situação dos palestinos confinados na Faixa de Gaza é muito precária porque os recursos hídricos são controlados por Israel.
O Grupo Hamas
A precária condição de vida e a opressão dos judeus levaram à revolta conhecida como Intifada ("revolta das pedras"). Os palestinos, sobretudo os mais jovens, revoltados com a situação passaram a enfrentar as forças armadas israelenses nos territórios invadidos. A situação tão desigual chamou atenção da comunidade internacional para as condições de vida da população palestina. Neste contexto é que apareceu o Grupo Hamas, que agora enfrenta as forças armadas de Israel.
Hamas é a sigla que em português significa Movimento de Resistência Islâmica. O grupo é organizado em brigadas das quais uma é o braço armado do grupo. Com essa formação, o Hamas é considerado um dos movimentos islâmicos e fundamentalistas mais importantes da Palestina. No idioma árabe, o vocábulo Hamas tem o significado de “cordialidade, calor, ardor e entusiasmo”.
No ano de 1987, o grupo foi instituído a partir da Primeira Intifada, chegando ao poder no início de 2006, quando venceu as eleições do Parlamento, com 76 de um total de 132 assentos no governo palestino. Contra seu principal oponente, o grupo Fatah, já houve vários conflitos pelo domínio da região de Gaza e também da Cisjordânia.
A construção da paz
Após tantos anos do nascimento do nacionalismo árabe e do sionismo, as perspectivas de paz entre Israel e seus vizinhos parecem muito distantes. As negociações com os palestinos e com os países vizinhos estão praticamente paralisadas.
A consciência que surge cada vez mais forte é de que não poderá haver paz entre os palestinos e os israelenses, entre israelenses e os países árabes da região e mesmo com o Irã, considerado o oponente maior, se não houver concessões de ambos os lados.
Enquanto se negar ou se evitar encarar a realidade de que Israel existe como Estado judeu, pelo fato de haver suplantado os direitos dos palestinos de ter o seu próprio estado dificilmente haverá conciliação ou coexistência pacífica.
É preciso que ambos os lados façam concessões significativas em vista da construção da verdadeira paz.
A guerra, como essa que agora acontece, nunca foi e nunca serão solução, pois quem comanda a guerra não está na linha de frente das batalhas. Essa história de rivalidades e conflitos ainda reserva outros capítulos antes do final feliz que todos dizem perseguir: a paz duradoura no Oriente Médio, talvez a região mais conturbada de nosso planeta.
Fica para todos nós o forte clamor do Papa Francisco ao afirmar que “a guerra é uma derrota”!
.:: CNBB divulga nota pedindo paz no Oriente Médio
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